Itacaré

Não só a ascensão social incomodou as velhas elites.

Como o sucesso das políticas sociais e econômicas do governo Lula incomodaram as velhas elites brasileiras.

ícone relógio13/12/2021 às 11:07:27- atualizado em  
Não só a ascensão social incomodou as velhas elites.

Quando se iniciou o Governo do PT - Partido dos Trabalhadores, havia apreensões muito grandes, pois não se sabia como seria a gestão do país por um partido de esquerda e ainda mais sendo dirigido por um operário chamado Luís Inácio Lula da Silva. No entanto, por parte do povo havia otimismo mas, por parte das velhas elites, havia o desejo de uma gestão desastrosa. 


A gestão pública orquestrada pelo comando do PT- Partido dos Trabalhadores e o então presidente Lula demonstraram, nos primeiros 100 (cem) dias de governo, eficiência e eficácia na aplicação dos recursos, responsabilidade com a coisa pública, aplicando os princípios da administração pública que são: os princípios da legalidade, da moralidade, da impessoalidade ou finalidade, da publicidade, da eficiência e da razoabilidade. Isso impactou aquelas elites de forma inesperada, já que apostavam num desastre administrativo. 


Diante disso, vários programas e políticas públicas em todos os setores começaram a serem implantados com resultados significativos, importantes e de grande valia para o país e para seu povo. Tudo isso foi percebido na educação, ciência e tecnologia, saúde, cultura, agricultura, na economia e no social.


O sucesso da administração pública na gestão Lula levou à implantação das políticas públicas sociais, dentre outras, as quais resultaram numa ascensão gloriosa das classes sociais em todos os campos. Essa ascensão levou as pessoas a fazer e consumir as mesmas coisas e frequentar os mesmos lugares das elites. Houve uma equiparação relevante da participação dos mais pobres na universidade e em cargos de alto escalão. Por tudo isso e muito mais conquistas da população, os grupos dos privilégios ficaram extremamente incomodados.


Sim, muito incomodados, mas a questão social não foi a única coisa que incomodou. 


Primeiro, provavelmente a política externa causou um impacto de proporções bastante significativas e positivas para o Brasil. Nessa política, o governo brasileiro abriu o mercado e conquistou países potencialmente importantes para a economia mundial como Rússia, Índia, China e África do Sul. Com esses países formou o bloco chamado BRICS - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - com o objetivo fortalecer a influência geopolítica dos países integrantes. Portanto, a intenção é que os países possam se ajudar em diversos aspectos como, por exemplo, através da cooperação técnica, cultural, acadêmica e científica. 


O Brasil fortaleceu as empresas da construção civil que estavam ganhando concorrência mundo afora, fortaleceu os países da América Latina, encerrou a ALCA com enfrentamento e combate aos Estados Unidos, garantindo sua soberania e protegendo suas riquezas; fortaleceu os acordos bilaterais com vários países do mundo, fortaleceu os negócios com a China e com países árabes, dentre outros , pagou a dívida externa, deixou de reserva mais de 370 bilhões de dólares, perdoou  dívidas de países africanos mais pobres, aumentou e fortaleceu a competitividade das grandes empresas, principalmente na engenharia civil, conseguiu trégua na guerra da Síria trazendo seu presidente para o Brasil numa tentativa diplomática de acabar com o conflito naquele país (essa trégua deu prejuízo de bilhões de dólares a países fabricantes de armas de guerra, principalmente EUA), além de outras importantes ações que deram resultados em nível mundial. Tudo isso incomodou as velhas elites.


Segundo, a descoberta do pré-sal. Seria o momento do desenvolvimento e garantia da soberania do país, onde todo recurso seria para beneficiar a população. Esse foi o motivo e o estopim para desencadear nos segmentos privilegiados o que classificamos como ÓDIO ao PT, à ESQUERDA, ao POBRE e ao LULA.


Isso sim, incomodou aqueles que queriam manter  ou  voltar ao topo do poder político e econômico na estrutura da desigualdade social.   
 

Maomax Lopes de Sá
Engenheiro Agrônomo pela UESC- Universidade Estadual de Santa Cruz