Itacaré

7ª Conferência Municipal de Saúde: Itacaré debate os desafios de uma nova realidade

A conferência mobilizou profissionais da saúde e comunidade usuária do SUS para elaborar o Plano Municipal de Saúde para os próximos 4 anos.

ícone relógio05/02/2022 às 11:34:57- atualizado em  
7ª Conferência Municipal de Saúde: Itacaré debate os desafios de uma nova realidade

Profissionais da área da saúde, representantes do Conselho Municipal de Saúde e a comunidade usuária do SUS se reuniram na sexta-feira (04/02), no Clube Pirajá, para debaterem o tema “Saúde e os desafios de uma nova realidade”, durante a 7ª Conferência Municipal de Saúde promovida pela Prefeitura de Itacaré. Na pauta do encontro, a avaliação da situação do sistema de saúde e o levantamento de propostas para construir o Plano Municipal do setor para período de 2022 a 2025. 

 

A mesa de abertura contou com a presença do secretário de Saúde Ricardo Lins, do vice-prefeito Genilson Souza, do vereador Diego de Bidal, da presidente do Conselho de Saúde Rejane Suely e da palestrante convidada Renata Ferreira. Na ocasião, o secretário enfatizou que o SUS é um dos maiores sistemas de saúde pública do mundo e atende a todas as pessoas, sem discriminação de classe, gênero, raça ou sexualidade, “por isso a participação popular é importante”.

 

O vice-prefeito Genilson Souza relembrou que as conferências e os conselhos são instâncias de exercício da democracia, que devem levantar propostas e também indicadores para se avaliar os avanços na área da saúde. O vereador Diego de Bidal observou que o setor vive o momento mais difícil do século com a pandemia do covid 19, indicando que um dos desafios atuais é a digitalização do sistema visando a possibilidade de agendamentos  on-line, entre outros mecanismos. 

 

As propostas discutidas durante a conferência foram previamente colhidas nas pré-conferências realizadas durante o mês de janeiro em 11 unidades de saúde da família de Itacaré. As propostas foram divididas em 4 eixos temáticos para debate: participação popular para a melhoria do SUS; reorganização da gestão para atenção da saúde durante e após pandemia; consolidação dos Princípios do SUS;  financiamento do SUS.

Pré-conferências 

As Pré-conferências são momentos de participação popular em que as pessoas são ouvidas em suas comunidades. “Nós entendemos que a saúde não é promovida apenas pela Gestão Pública, a saúde é feita ouvindo a população dentro da comunidade, pois cada localidade possui uma particularidade. O posto de saúde do bairro da Passagem não enfrenta os mesmos problemas que o posto de saúde do centro, são doenças diferentes. Por exemplo, em localidades próximas ao Rio de Contas existe mais contaminação por esquistossomose, no centro não temos essa realidade. Por isso, precisamos estar dentro da comunidade,para entender os problemas peculiares”, disse a diretora de Atenção Básica,  Maria Oliveira.

Nas 11 unidades de saúde onde ocorreram as pré-conferências, um palestrante conversou com a comunidade e, após a palestra,  foram levantados os  problemas do estado de saúde e os  problemas do sistema de saúde. Cada unidade elegeu um delegado usuário do SUS, um delegado trabalhador da saúde e respectivos suplentes que, junto com os conselheiros de saúde - que são delegados natos-, puderam  votar e aprovar as propostas na conferência de saúde.

O conselheiro e agente de Saúde da região de Água Fria, Clemilson Silva, afirmou que a participação popular ainda é um desafio a ser melhorado, pois a maioria da população usuária cobra melhorias, porém não participa do processo de escuta. Em nível municipal, ele avalia que  muita coisa melhorou com a aquisição de novos carros para o atendimento da saúde e a inauguração de novos postos de saúde. 

Apenas nos últimos seis meses foram inauguradas mais duas unidades de saúde da família que estão em pleno funcionamento. Em  nível  federal, Clemilson avalia que o investimento na área da saúde vem despencando a cada ano, comprometendo a qualidade do serviço oferecido à população.  Segundo Nota Técnica do IEPS, Instituto de Estudos para Politicas de Saúde,  o governo federal atribui um volume de recursos insuficiente ao custeio dos serviços de atenção à saúde,  pasta têm a menor participação no Orçamento da União desde 2012, e investimentos dependem, sobretudo, de emendas parlamentares.


Comunicação/PT Itacaré